27 de ago. de 2009

Artigo de Boaventura de Sousa Santos sobre ações afirmativas para ingresso nas universidades públicas

Justiça social e justiça histórica
     O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos reflete, num artigo publicado na Folha de São Paulo, sobre o sistema de ações afirmativas para ingresso nas universidades públicas que destina parte das vagas a negros e indígenas: "O debate sobre a adoção de ações afirmativas baseadas na cor da pele não pode ser dissociado do modo como a sociedade brasileira se organizou racialmente".

Ler artigo completo no Jornal da Ciência

Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

26 de ago. de 2009

O "bom e o mau selvagem" no cinema brasileiro

No artigo "Entre o bom e o mau selvagem: ficção e alteridade no cinema brasileiro" Juliano Gonçalves da Silva, da Unicamp, realiza uma análise da imagem do índio no cinema brasileiro, através do estudo de como o personagem indígena é por ele construído e veiculado através dos filmes de ficção de longa-metragem.

Dois filmes merecem especial atenção por parte do Juliano: Brava gente Brasileira (MURAT, 2000) e Caramuru, a invenção do Brasil (ARRAES, 2001), por apresentarem, através da visão dos seus diretores, um julgamento qualitativo que se estrutura segundo os dois pólos ideológicos extremos identificados por LAPLANTINE: o do bom e o do mau selvagem: "duas ideologias concorrentes, consistindo uma no simétrico invertido da outra: a recusa do estranho, apreendido a partir de uma falta, cujo corolário é a boa consciência que se tem sobre si e a sua sociedade, e a fascinação pelo estranho, cujo corolário é a má consciência que se tem sobre si e sua sociedade" (LAPLANTINE, 1988, p. 38).

Para quem tiver interesse pelo cinema brasileiro vale a pena conferir, no final do artigo, a listagem de filmes:

  • ALVES, Alfredo Roberto. Fernão Dias. 1956.
  • ANDRADE, Joaquim Pedro de. Macunaíma. 1969.
  • ARRAES, Guel. Caramuru, a invenção do Brasil. 2001.
  • BABENCO, Hector. Brincando nos Campos do Senhor. 1991.
  • BACK, Sylvio. Yndio do Brasil. 1995.
  • BARROS, Luz de. Ubirajara. 1919.
  • BELLI, Pino. O segredo da serra dourada. 1958.
  • BENGEL, Norma. O Guarani. 1995.
  • BERNOUDI, Edmond. Terra violenta .1948.
  • BIANCHI, Sérgio. Cronicamente Inviável. 2000.
  • BODANSKY, Jorge. Iracema, uma transa amazônica. 1975/80.
  • BRESSANE, Júlio. Os sermões. 1989/90.
  • CALDEIRA, Osvaldo. Ajuricaba: o rebelde da Amazônia. 1977.
  • CAPELLARO, Vittorio. O Guarani. 1916.
  • CAPELLARO, Vittorio. Iracema. 1919a.
  • CAPELLARO, Vittorio. Iracema. 1919b.
  • CAPELLARO, Vittorio. O Guarani. 1926.
  • CARDINALI, Vittorio. Iracema. 1949.
  • CARRARI, Arturo. Anchieta: entre o amor e religião. 1931.
  • COIMBRA, Carlos. Iracema, a virgem dos lábios de mel. 1979.
  • DAHL, Gustavo. Uirá, um índio em busca de deus. 1974.
  • DEUS, João de. O Guarani. 1920.
  • FARNEY, Cyll e VON CZIFFA, Geza. Lana, rainha das amazonas. 1966.
  • FREDA, Ricardo. O Guarani. 1950.
  • GUERRA, Ruy. Kuarup. 1988.
  • JÚNIOR, Walter Lima. Brasil ano 2000. 1968.
  • KHOURY, Walter Hugo. Na garganta do diabo. 1958.
  • KLOTZEL, André. Capitalismo Selvagem. 1993.
  • KOUCHIN, Jorge. Iracema. 1931.
  • LAMARCA, Tânia. Tainá, no país das amazonas. 2000.
  • LÁZZARO, Salvatore. O Guarani. 1911.
  • LUXARDO, Líbero. Aruanã. 1938.
  • MANSUR, Fauzi. O Guarani. 1979.
  • MAURO, Humberto. O Descobrimento do Brasil. 1937.
  • MAURO, Humberto, Os bandeirantes. 1940.
  • MASTROIANNI, Duílio. Além do rio das mortes. 1957.
  • MURAT, Lúcia. Brava gente brasileira. 2000.
  • OLIVEIRA, André Luiz de. A lenda de Ubirajara. 1975.
  • OLIVEIRA, Manoel de. Palavra e Utopia. 2000.
  • PALÁCIOS, Alfredo. Casei-me com um Xavante. 1958.
  • PEREIRA, Luiz Alberto. Hans Staden. 1999.
  • ROCHA, Glauber. Terra em Transe. 1969.
  • SANTOS, Nelson Pereira dos. Como era gostoso o meu francês. 1970.
  • SARACENI, Paulo Sérgio. Anchieta, José do Brasil. 1978.
  • SIDMAK, Curt. Curucu, o terror das amazonas. 1957.
  • SIDMAK, Curt. Escravo do amor das amazonas. 1958.
  • VERÍSSIMO, Paulo. Exu-piá coração de Macunaíma. 1984.
  • VIANA, Zelito. Avaeté. 1984.

24 de ago. de 2009

Chico Buarque também se inspira em Montaigne

Não apenas estudante de Antropologia Iê Montaigne!

Neste video, Chico Buarque fala sobre como se inspirou em Montaigne para escrever a letra da sua canção: "Porque era ela porque era eu".

M. de Montaigne: nós, a nossa auto-estima, e a felicidade dos "canibais"

Video muito bom sobre Michel de Montaigne, sua visão sobre ocidente, sobre "os canibais" e sobre nós mesmos .

Esta dividido em 3 partes, na segunda faz menção a "Dos Canibais" (Ensaios XXX).

VER Parte II

VER Parte III

13 de ago. de 2009

Nem a Lua se salva!




Seminário "Vida sob cerco" sobre violência nas favelas do Rio de Janeiro

O Observatório das Metrópoles convida para o Seminário baseado no livro Vida Sob Cerco – Violência e Rotina das Favelas do Rio de Janeiro, organizado pelo pesquisador Luiz Antonio Machado da Silva. Além deste, haverá a presença de Márcia P. Leite e Luiz Carlos Fridman, autores de alguns dos textos que compõem o livro.


O seminário ocorrerá dia 17/08/2009 (segunda-feira) às 9:30 no IPPUR/UFRJ.

Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional / IPPUR
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Av. Pedro Calmon, 550
Edifício da Reitoria - 5º andar - sala 543
Cidade Universitária - Ilha do Fundão

12 de ago. de 2009

r@u: revista de antropologia social - Primeira edição

Acabou de ser lançada a primeira edição da revista de antropologia social dos alunos do ppgas-ufscar.

A revista chama-se r@u, tem periodicidade semestral e acesso irrestrito. Seu conteúdo se encontra disponível pra download no site: https://sites.google.com/site/raufscar/

No primeiro número há um texto do filósofo Patrice Maniglier (Essex - UK) em homenagem ao centenário de Claude Lévi-Strauss, além de uma entrevista com o antropólogo Paulo Santilli na qual são discutidas a história recente dos processos de reconhecimento e demarcação de terras indígenas e o papel da antropologia nesses eventos.

11 de ago. de 2009

Os direitos da Natureza - A nova Constitução no Equador

Texto publicado em:

AMBIENTE Y SOCIEDAD ISSN 1668-3145
Publicación Semanal y Gratuita de EcoPortal.net
AÑO 10 Nº 399, AGOSTO 06 de 2009
www.ecoportal.net

Distribución periódica y gratuita

La Naturaleza y sus derechos en nueva constitución de Ecuador. Un ejemplo a seguir.
Tanto la nueva Constitución boliviana, aprobada en octubre de 2008, como la ecuatoriana aprobada en setiembre del mismo año, incluyen en sus contenidos sendas secciones referidas a reconocer los derechos de los pueblos originarios y los derechos de todos los ciudadanos a un medio ambiente sano y equilibrado.
En sus artículos 33 y 34, la Carta Magna de Bolivia expresa los derechos reales de los habitantes y a las futuras generaciones de ese país, a gozar de un medio ambiente saludable, protegido y equilibrado. Otorgándole a cualquier persona, a título individual o en representación de una colectividad, la facultad para ejercitar las acciones legales en defensa del derecho al medio ambiente.
Sin embargo y en ese mismo sentido, la Constitución de Ecuador afortunadamente ha ido mucho mas lejos. Parte de que debe existir entre sociedad, Estado y mercado, una relación dinámica, equilibrada y en armonía con la Naturaleza. Estableciendo objetivos como asegurar la soberanía alimentaria y energética, generar una adecuada distribución del ingreso, impulsar el pleno empleo y apoyar un consumo social y ambientalmente responsables.
Pero los ojos del mundo comenzaron a posarse sobre esta nueva Carta Magna ecuatoriana por haber sido la primera en otorgar derechos inalienables a la naturaleza, convirtiéndola de esta manera en sujeto de derecho.
El texto constitucional contiene tres artículos en los que establece los siguientes derechos para la Naturaleza:
Art. 71.- La naturaleza o Pacha Mama, donde se reproduce y realiza la vida, tiene derecho a que se respete integralmente su existencia y el mantenimiento y regeneración de sus ciclos vitales, estructura, funciones y procesos evolutivos…
Art. 72.- La naturaleza tiene derecho a la restauración. Esta restauración será independiente de la obligación que tienen el Estado y las personas naturales o jurídicas de indemnizar a los individuos y colectivos que dependan de los sistemas naturales afectados. En los casos de impacto ambiental grave o permanente, incluidos los ocasionados por la explotación de los recursos naturales no renovables, el Estado establecerá los mecanismos más eficaces para alcanzar la restauración, y adoptará las medidas adecuadas para eliminar o mitigar las consecuencias ambientales nocivas.
Art. 73.- El Estado aplicará medidas de precaución y restricción para las actividades que puedan conducir a la extinción de especies, la destrucción de ecosistemas o la alteración permanente de los ciclos naturales. Se prohíbe la introducción de organismos y material orgánico e inorgánico que puedan alterar de manera definitiva el patrimonio genético nacional.
La constitución ecuatoriana de esta forma introduce una diferencia fundamental respecto de sus antecesoras y establece un nuevo enfoque que podría ser catalogado como un punto de inflexión en la defensa del medio natural. Esta iniciativa totalmente innovadora debería ser analizada e imitada por otros países, ya que cambia el enfoque constitucional de un sistema de derechos antropocéntrico a uno biocéntrico.
Quizás esos tres artículos sean una de las iniciativas mas importantes de los últimos tiempos en la necesidad del Hombre de cambiar la manera en la que tratamos a la naturaleza.

Nos reencontramos la próxima semana, con una nueva entrega de esta publicación.

Ricardo Natalichio
Director
rdnatali@ecoportal.net
www.ecoportal.net

Outros olhares...

Porque a realidade costuma ser opaca... e, não poucas vezes, nossos olhares escorregam na sua superfície